Orlandinho Luz estréia nesta terça no Internacional Juvenil de Porto Alegre

Orlandinho estréia no Internacional Juvenil de Porto Alegre 2015Orlandinho Luz (Prince / Nike / Produza / Correios) fará sua estréia na chave principal do Campeonato Internacional Juvenil de Tênis de Porto Alegre nesta terça-feira, 17, não antes das 11 horas da manhã. O gaúcho de 17 anos , número 2 do mundo e cabeça de chave 1 enfrenta o peruano Guillermo Cabrera.

Orlando não teve muito tempo para curtir o bicampeonato inédito do Banana Bowl conquistado no domingo (15), em São José dos Campos. Logo após o título, embarcou para Porto Alegre e sabe que a pressão por mais um bicampeonato (Orlandinho foi campeão em Porto Alegre em 2014) pode surgir. “Todos esperam um bom desempenho e que o avanço no circuito profissional seja rápido. Eu vou brigar pelo título, mas em um torneio de tênis é preciso estar bem durante toda a semana e focar em uma partida de cada vez”, destaca o jovem tenista.

Em entrevista, Orlandinho comenta sobre seu início de temporada e planos para 2015

Confira a entrevista feita pelo site TênisBrasil:
Orlando-Luz---Orlandinho---São-José-dos-Campos---Crédito-Micheli-SantosSão José dos Campos (SP) – Aos 17 anos, a carreira de todo tenista é marcada pela transição entre os torneios juvenis e profissionais. Com Orlando Luz, vice-líder do ranking mundial da categoria, não seria diferente. Neste início de 2015, o gaúcho de Carazinho já acumula novas experiências, e mantém o pensamento de que este período é decisivo para sua carreira.

Decisões como a de disputar futures na Flórida, em vez de tentar o qualificatório para os torneios de nível ATP em solo brasileiro, e a tentativa de mudança de raquete foram assuntos em entrevista a TenisBrasil. Ao longo da conversa, realizada na chuvosa terça-feira que atrasou a rodada do Banana Bowl, o atual campeão do tradicional torneio juvenil manifesta intenção por uma transição gradual e “sem queimar etapas”.

Orlandinho fala também sobre o crescimento do assédio nos últimos meses e sobre curiosas opções quando ao calendário apertado nos Estados Unidos.

Confira a íntegra da entrevista.

Avalie esse começo de temporada, em que foi aos Estados Unidos e fez bons resultados em futures.
Nos Estados Unidos, foram torneios cansativos em que eu precisava disputar quatro rodadas do quali para entrar na chave. Fiz muitos jogos, e jogos bons, e eles me deram bastante ritmo para jogar o restante do ano. Acabei furando o quali e chegando à semifinal em um. E fazendo duas semis de duplas também.

Fiquei muito feliz, porque todo mundo vê os resultados como a etapa mais alta, mas no momento a gente tem que ver a evolução. A cada jogo tenho que aprender alguma coisa, então foi bem produtiva essa série nos Estados Unidos.

É verdade que você viajava de uma cidade a outra para jogar o quali de um torneio e as fases finais de outro?
Sunrise e Plantation são duas cidades diferentes, mas são apenas 20 minutos uma da outra e fiz isso, porque acabei chegando à semifinal. Desde as quartas de final eu já tinha começado a ter que jogar o quali no mesmo dia, porque não ganhei o Special [Exempt], já que tinham dois jogadores com melhor ranking também nas quartas de final e eles acabaram recebendo.

Não era o que eu esperava, acho que todo mundo que está jogando bem em um torneio conta com esse privilégio de entrar direto no outro, mas aconteceu, tive que fazer vários jogos, mas com certeza foi por competência dos outros jogadores. Foi corrido, mas era a melhor solução que a gente achou.

Tem uma regra da ITF, que não se aplicaria a esse caso, em que dependendo do teu ranking profissional, você entra direto no juvenil. Isso pode te ajudar e trazer mais segurança nessa transição?
Exatamente, em torneio juvenil, mesmo G1, GA e Grand Slam, você entra com ranking abaixo de 300 ou 400 e acaba entrando direto, até como cabeça de chave. É difícil manter esse ranking juvenil porque são sempre torneios corridos e no profissional é muito difícil chegar lá na frente, então não é um ou dois resultados que vão te colocar entre os 400. Fica corrido manter os dois, até porque é o momento mais importante da minha carreira, mas estou conseguindo mesclar bem.

Na Austrália, você pegou um jogo duro logo na primeira rodada (diante do alemão Tim Sandkaulen), não jogou bem e perdendo. O que aconteceu naquele dia?
Não foi um jogo tão duro, mas o menino foi muito firme e foi um momento ruim meu. Estava tentando trocar de raquete, não consegui e acabei voltando para minha raquete velha depois, porque não me acostumei e não fiz um bom torneio.

Tentei tirar proveito de outros modos, tentei treinar e pegar esse espírito do Australian Open, porque com certeza não será minha última vez lá. Agora a gente trabalha firme para não acontecer mais o que aconteceu.

No caso da raquete, você trocou de fabricante ou só o modelo?
Só o modelo. Tinha lançado o modelo novo da minha raquete, mas acabei não me acostumando. Infelizmente não tinha a outra raquete lá na Austrália e tive que jogar com aquela.

Orlando-Luz---Orlandinho---São-José-dos-Campos---Crédito-Micheli-Santos-(1)Enquanto você estava nessa série de futures nos Estados Unidos, houve dois ATPs aqui no Brasil, em São Paulo e no Rio, e muitos perguntaram porque você não estava. Chegaram a entrar em contato com você, oferecerem o convite e como foi a decisão?
Realmente chegaram a entrar em contato, não comigo, mas com meu treinador [Patrício Arnold], que juntamente com meu pai [também Orlando Luz] é quem fala por mim. Eles tiveram uma decisão conjunta, pensando que seria melhor eu ir para os Estados Unidos, até pelo que tinha acontecido na Austrália, porque estava me readaptando à minha raquete antiga e precisava pegar ritmo para os próximos torneios.

É importante começar a transição pelos futures e challengers, sem querer queimar etapa. Eu confio nele, então acho que foi uma decisão certa. Realmente entraram em contato, teria convite para o quali e infelizmente não pude aceitar. Acho que o sonho de todo juvenil é jogar um ATP, principalmente no teu país. Fiquei um pouco triste por não poder ir, mas foi uma decisão que espero que tenha sido boa para minha carreira.

Foram os dois torneios que entraram o contato?
No Rio, eu fiquei sabendo que tinha um para o quali. São Paulo eu não sei dizer muito bem, até porque não chegou muito a mim, ficou só neles.

Nessas semanas que você passou nos Estados Unidos tinham mais ou menos uns dez brasileiros jogando, e normalmente você fazem excursões em grupos menores. Como foi essa experiência?
Foi legal e praticamente todo mundo do Itamirim [Clube de Campo, em Itajaí], da minha equipe de treino, mais o pessoal de Florianópolis. Foi legal estar com o grupo de juvenis que a gente sempre teve, eu o [João] Menezes, o [Rafael] Matos e o [Marcelo] Zormann. É muito bom estar com eles, porque a gente já se conhece, já tem essa convivência junto e a gente fica mais à vontade às vezes. Acabei jogando com o Zormann no quali de um e com o Bruno Sant’Anna na primeira da chave do outro.

Você tem alguma meta para esse ano, como juvenil ou profissional? Tentar ser número 1 do juvenil talvez?
Acho que isso passou, até porque nunca foi objetivo. O meu é sempre subir na carreira, e em consequência disso, acabar subindo no ranking. Não tem como programar nada, ainda mais tentando mesclar, eu vou jogar poucos juvenis. É difícil manter esse ranking se não estiver totalmente focado no juvenil, então vou tentar meu melhor desempenho independente do que eu jogar. Se ficar em primeiro seria legal, mas o principal é mesclar esses Grand Slam do juvenil com os challengers e futures para elevar o nível.

Entre maio e junho, por exemplo, você talvez esteja jogando future e challenger na Europa, em vez de ir Bélgica e Milão.
É o que eu espero. Jogar três futures e ir para Roland Garros. Depois jogar mais um future e um preparatório na grama antes de ir para Wimbledon.

Mas antes tem o ITF Finals na China.
São os oito melhores do mundo, com base no ranking juvenil do final do ano passado. Então o Zormann vai também. Uma semana depois da Copa Gerdau, a gente vai viajar para lá e jogar esse torneio [que acontece entre 3 e 5 de abril, na cidade chinesa de Chengdu].

Para encerrar, queria saber como tem mudado a sua vida do ano para hoje? Você tem dado entrevistas para a televisão, autógrafos, e visto cada vez mais gente nos seus jogos…
Sempre existiu um assédio, mas depois dos títulos do Banana Bowl e Gerdau no ano passado, com certeza aumentou. É legal perceber que está todo mundo reconhecendoo teu trabalho porque isso não é de um dia para o outro que acontece. Tênis é um esporte trabalhado a longo prazo.

  Chad Williams Jersey

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